quinta-feira, 12 de abril de 2012

Portagens: Revolta e críticas ao sistema de cobrança nas ex-SCUTS - Algarve




Promessas de não regressar mais a Portugal e críticas ao sistema de cobrança foram alguns dos lamentos dos turistas espanhóis na fronteira junto à Ponte Internacional de Guadiana, no Algarve, quando tentavam pagar as portagens da Via do Infante (A22).


Esta tarde, dezenas de turistas tinham os carros parados junto ao posto de venda que a Estradas de Portugal colocou no posto de fronteira de Castro Marim/Ayamonte. E, apesar de estar presente um funcionário da empresa, no âmbito de um reforço da presença nas zonas fronteiriças localizadas perto de antigas SCUT, as queixas sucediam-se.


"Isto é terrível. Não percebo porque não põe alguém a receber o dinheiro quando as pessoas passam. Este sistema não faz sentido", disse à Lusa Lola Redondo, espanhola residente em Sevilha e que estava a entrar em Portugal para passar umas férias de cinco dias em Lagos, referindo-se ao sistema de portagens eletrónicas introduzido na Via do Infante (A22), uma das antigas SCUT que começou a ser paga em Dezembro.


Outra razão de queixa prende-se com a obrigatoriedade de comprar um bilhete válido por três dias, uma vez que Lola Redonda irá passar cinco no Algarve e a validade iria caducar.


"Só podemos comprar bilhetes de três dias, mas são consecutivos. Nós vamos estar cinco em Lagos, como é que vamos fazer quando regressarmos", questionou a sevilhana de 60 anos, que estava acompanhada por mais quatro pessoas.


Lola Redondo lamentou ainda a falta de locais para compra de títulos para viajar nas antigas SCUT, porque "só podem ser comprados na fronteira e na área de serviço de Olhão, que fica a muitos quilómetros" de Lagos.


"Se comprar um de três dias vou perder o dinheiro e depois não há outro sítio onde possa comprar. Isto está a prejudicar o turismo. Conheço pessoas que vinham muitas vezes e deixaram de vir. E eu também vou fazer o mesmo", acrescentou.

(...)


Como é que nós pagamos? Eu vou a Faro, ao aeroporto, como é que faço?" - questionou Fernando Gonzalez, de Huelva, aos compatriotas, que pouco sabiam responder.

(...)


Carlos Castro, de Villablanca, também estava no dilema de adquirir um título de três dias que iria caducar antes do seu regresso de férias em Albufeira: “isto é incrível. Não se entende nada e assim não volto mais".



in Diarionlinealgarve (adaptado)

Sem comentários: