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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Agro-turismo: "Da vindima à pisa no lagar"



Da vindima à pisa no lagarA Quinta do Pôpa, em Tabuaço, organiza pela terceira vez o programa de "Vindimas à do Pôpa", mediante o qual o participante, além de colher as uvas, acompanha-as até à adega e participa na pisa a pé nos lagares.

À chegada à quinta, os visitantes ficam a conhecer a história e as pessoas que fazem o dia-a-dia do espaço e participam numa prova de vinhos e degustação de produtos regionais, após o que partem para a vinha para a colheita. Segue-se o almoço e uma prova de vinhos ao ar livre com os enólogos da casa.

A jornada prossegue com um percurso pela adega, lagares, sala de cascos, e garrafeira, a que se segue a pisa e mais uma prova de vinhos comentada pelos enólogos da Quinta do Pôpa.

O programa "Vindimas à do Pôpa 2014" é organizado para grupos entre 10 e 25 pessoas, estando sujeito a reserva antecipada.

02 Setembro 2014
welcome.pt

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Produtos da agricultura: Portugal é excedentário em vinho mas fortemente dependente em cereais e oleaginosas






Grau de auto-suficiência alimentar nacional situa-se nos 81%.

Portugal apresenta um grau de auto-suficiência alimentar de 81%, expresso em valor, para o conjunto dos produtos da agricultura, da pesca e das indústrias alimentar e das bebidas (média 2006-2010), indicador que se manteve estável durante o quinquénio.

Para os produtos agrícolas (inclui vinho e azeite), o grau de auto-suficiência situa-se nos 83%, evidenciando uma forte dependência do exterior em cereais e oleaginosas. Registam-se níveis próximos da auto-suficiência para o azeite, ovos, hortícolas e frutos frescos e um grau superior a 100% para o vinho.

Portugal apresenta um grau de auto-suficiência para os produtos da pesca na ordem dos 82% entre 2006 e 2010.
 
O valor médio anual da produção agrícola situou-se próximo dos 7 mil milhões de euros anuais entre 2006 e 2010, crescendo à taxa média de 1,2% ao ano nesse período.
Na estrutura da produção destacaram-se o vinho e o azeite que representaram, em conjunto, praticamente 1/4 (24,9%) do valor total da produção agrícola.
A produção pecuária (animais vivos) gerou em média um valor anual de 1,6 mil milhões de euros (23,3% do valor global da produção agrícola).
Os hortícolas constituíram um dos produtos agrícolas cujo valor da produção mais cresceu (6,2% ao ano).
 
in Boletim "Destaque", Abastecimento alimentar em Portugal, INE, (2 de Abril de 2013)

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Irrigação inteligente para colheitas mais ‘verdes’




Os 100 hectares de um campo de milho em Juterbog, próximo de Berlim, são palco de uma experiência original. Os investigadores misturam fertilizantes na água e injetam o preparado num protótipo de um sistema de fertilização por irrigação. Chamam “fertirrigação”, a este sistema que permite simultaneamente fertilizar e irrigar os campos de forma constante e com uma monitorização permanente das condições atmosféricas e do solo para que as plantas tenham os nutrientes que necessitam em todas as fases de crescimento.

“Temos de controlar diferentes aspetos. A chuva, a luz que as plantas recebem ou ainda a estrutura e homogeneidade do solo. Não conseguimos controlar todos os elementos que influenciam as colheitas, mas controlar apenas alguns já é um grande desafio”, explica a engenheira química Lucía Doyle Gutiérrez.

Para a monitorização, foram desenvolvidos sensores capazes de ‘ler’ a composição do solo em nitratos, fosfatos, potássio e amónia, que contribuem para o crescimento das plantas. A ideia é equipar o sistema de irrigação com sensores e software, dando-lhe a capacidade de autonomamente decidir onde é quando é necessária mais ou menos água e fertilizante.
“Temos de assegurar que os sensores estão protegidos dos sinais eletromagnéticos circundantes. Para garantir leituras corretas, também é muito importante impedir que os sensores basculem. Finalmente, é preciso garantir que não falta a energia elétrica para alimentar a plataforma de sensores”, esclarece Martin Smolka, da Universidade de Tecnologia de Viena.

Sensores de solo, processadores de dados, unidades de controlo e distribuição devem então trabalhar em conjunto. O objetivo é ajudar os agricultores a poupar água e fertilizantes, mas não só:
“Este sistema também nos pode ajudar a poupar tempo. Podemos controla-lo à distância, a partir do computador no escritório e isso liberta-nos tempo para tratar de outras coisas que também são importantes”, refere Frank Hausman, agricultor.

Os investigadores veem ainda outros benefícios potenciais deste sistema inteligente de irrigação e fertilização.
“Não adianta passar muito tempo a avaliar a nutrição das plantas se o sistema de irrigação não for bom. Portanto, mesmo que o objetivo seja poupar o máximo de fertilizante, se o agricultor poupa 20 euros em fertilizante mas depois perde 30 euros por hectare em água, não ficará feliz. Mas se conseguir poupar os 20 euros e assim aumentar o lucro, ficará satisfeito”, explica Peter White, consultor em gestão de água.
(...)
“A pesquisa mostra que todo o processo de irrigação e fertilização é cada vez mais automático. Pode ser controlado à distância, até a partir de um smartphone, o que deixa muito satisfeitos os agricultores. Mas continuam a existir clientes que não dispensam as visitas regulares aos campos, que gostam de controlar manualmente o sistema, em vez de deixarem tudo em automático”, refere Stefan Scholz, promotor do projeto.

Independentemente da escolha dos agricultores, o mercado está a crescer, com a perspetiva de venda na Europa de 700 mil destes novos sistemas no prazo de 10 anos.

www.optifert.eu
 
in Euronews - Copyright © European Commission 2013 / euronews 2013

domingo, 19 de maio de 2013

Vinhos portugueses lançam-se à conquista do mundo atentos ao preço




 
Concurso Nacional de Vinhos quer contribuir para aumentar a visibilidade externa.
Mais de mil vinhos e dezenas de provadores estrangeiros. Pela primeira vez o Concurso Nacional de Vinhos realizou-se com o propósito declarado de piscar o olho aos principais mercados de exportação, tendo contado, por isso, com a participação de jurados oriundos de vários países. Especialistas no sector, mas sobretudo influentes críticos e fazedores de opinião que são, como é sabido, o melhor veículo para levar a mensagem até ao consumidor final.
Apesar de os números não serem ainda de molde a impressionar, tanto produtores como as autoridades do sector acreditam que há espaço e caminho para fazer crescer as exportações. Num mercado onde o crescimento tem sido dominado pelos produtores de fora da Europa, Portugal registou um crescimento sustentado nos últimos três anos, tanto em valor como volume de vendas. Outro aspecto a ter é conta é o que resulta do facto de o nosso país ser agora o 10.º país no ranking de exportações de vinho, sendo o 12.º produtor a nível mundial.
O grande problema é que as exportações, sobretudo nos vinhos de mesa, assentam ainda numa estrutura de baixos preços. É que enquanto o vinho francês é exportado por um valor médio por litro acima dos seis euros, os vinhos portugueses não chegam sequer ainda aos 1,5 euros, abaixo de países como Nova Zelândia, Chile ou África do Sul (ver infografia).
Apesar de tudo a tendência tem sido de crescimento, embora muito ligeiro, mas ao contrário daquilo que se passa com a generalidade dos produtores europeus, com excepção da França. Na vizinha Espanha, que se tornou no segundo exportador mundial, ultrapassando a França e só atrás da Itália, o preço por litro parece cair nos últimos anos na proporção em que aumenta o volume de vendas.
Quer isto dizer que os espanhóis necessitam de vender uma cada vez maior quantidade de vinho ao exterior para arrecadar o mesmo nível de receita.
Um fenómeno que se reflecte também nas nossas vendas para o país vizinho. Nos últimos três anos a exportação de vinho português para Espanha mais que quintuplicou (de 43.771 para 229.375 hectolitros, ao mesmo tempo que o preço caía de 2,64 euros para apenas 88 cêntimos por litro). Trata-se sobretudo, como está bom de ver, da venda de vinhos de granel, que os agentes do sector querem ver cada vez mais restringida em favor dos vinhos engarrafados de qualidade, sobretudo os de denominação de origem protegida (DOP).
É neste tipo de vinhos que assenta a promoção internacional, com resultados que se têm revelado bastante satisfatórios. Nalguns mercados os valores/litro aproximam-se até dos vinhos da França e da Nova Zelândia, que são os mais valorizados no mercado internacional, e ultrapassam até os valores médios da Itália.

Oriente a crescer
Muito estimulante é olhar para o que se passa com a exportação de vinhos DOP portugueses para o Oriente, onde atingem já hoje valores muito interessantes. O mais alto (6,85 euros/litro) verifica-se em Hong-Kong, logo seguido por Macau (5,15) e China (4,26).
Se a isto associarmos o potencial de crescimento que esta região representa, então forçoso será concluir que o futuro se apresenta como prometedor para os vinhos de qualidade produzidos no nosso país. Entre os cinco destinos que mais valorizam os vinhos DOP, seguem-se a Alemanha (3,67 euros/litro) e a Áustria (3,33).
Por quantidades exportadas, os EUA lideram a compra de vinhos DOP, seguindo-se Angola, Alemanha, França e Brasil.
É sobretudo neste tipo de vinhos que tem consistido a aposta de promoção da associação interprofissional do sector vitivinícola, a ViniPortugal, entidade que organizou o Concurso Nacional de Vinhos que decorreu ao longo desta semana.

Além de dar a provar centenas de vinhos aos jurados que vêm dos principais mercados, a ideia passa também por dar mais visibilidade externa aos vinhos, como explicou o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro. Em paralelo com o concurso, os jurados internacionais tiveram também oportunidade de participar eventos especiais dedicados a vinhos Alvarinho, Touriga Nacional e ainda outro apenas com vinhos portugueses com idade. Visitaram também produtores de zonas menos conhecidas como a Vidigueira ou Serra da Estrela.
O concurso contou com o número recorde de 1004 vinhos em prova, a maioria tintos, que teve também a novidade de terem desta vez participado a generalidade dos grandes produtores nacionais.
Os mais de 30 jurados estrangeiros, provenientes de nove países, fizeram parte do júri que durante quatro dias analisou e classificou os vinhos, atribuindo as habituais medalhas de bronze, prata e ouro.
Coube depois ao grande júri, presidido por Luís Lopes, director da Revista de Vinhos, e constituído ainda pelos especialistas Tom Firth (Canadá), Mary Ewing Mulligan (EUA), Jorge Carrara (Brasil), e David Schwarzwalder (Alemanha) seleccionar os grandes medalhas de ouro (apenas de entre os vinhos anteriormente classificados com o grau Ouro). Destes, sai o vencedor absoluto.
Os prémios só serão anunciados no próximo dia 7 de Junho, numa cerimónia a ter lugar no lisboeta Pátio da Galé, onde a ViniPortugal espera contar com algumas das mais altas figuras públicas.


sábado, 6 de abril de 2013

Sugalidal torna-se o segundo maior produtor mundial de concentrado de tomate



 
O grupo português Sugalidal, de Benavente, tornou-se, em 2012, o segundo maior produtor mundial de concentrado de tomate, depois de ter adquirido uma fábrica no Chile, a Tresmontes Luchati.
 
Com um processamento de 1150 milhões de toneladas de tomate, um aumento de 143% em relação a 2011, a Sugalidal passou a ocupar o segundo lugar do ranking mundial a seguir à norte-americana Morning Star [produção de 3079 milhões de toneladas]. Os dados constam da edição de Abril do TomatoLand. A subida deve-se, segundo explicou a Sugalidal, “sobretudo à aquisição, em meados de 2012, da empresa chilena Tresmontes Luchetti que permitiu, praticamente, a duplicação da sua produção anual.”
 
Com fábricas em Portugal, Espanha e Chile, o grupo português vai “terminar o ano com uma quota de mercado de 3,5 por cento a nível mundial”.
 
“A aquisição da fábrica no Chile permitiu diversificar a fonte de matéria-prima, estando, assim, menos exposto a variações de produção que possam existir ao longo do ano”, avançou a empresa. “Com a aquisição dos activos da Tresmontes Luchati tornamo-nos fornecedores globais de clientes globais e passámos a ter maior capacidade de gerir a nossa carteira de encomendas”, acrescentou.
 
A americana Morning Star manteve em 2012 a liderança mundial, com uma produção de 3079 milhões de toneladas de concentrado de tomate, um crescimento de 9,52 por cento e uma quota de mercado de 9,33 por cento. A chinesa Tunhe passou de segundo lugar, em 2011, para quarto lugar contra com 1030 milhões de toneladas, menos 55,4 por cento.
 
 
in PÚBLICO
 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Portugal é independente no vinho mas muito dependente do exterior nos cereais


Portugal é excedentário em vinho Paulo Ricca





Muito do que Portugal consome a nível alimentar é produzido no país. No caso dos produtos agrícolas, que incluem vinho e azeite, os portugueses conseguem garantir 83% das suas necessidades. Esse valor desce para os 82% no caso dos produtos de pesca e para 79% no que diz respeito aos produtos da indústria alimentar. Já nas bebidas (sem vinho), a fasquia sobe para os 96%. O que significa que, em média, a auto-suficiência alimentar situa-se nos 81%.
 
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que analisa os dados para o período de 2006 a 2010, os produtos agrícolas onde Portugal é praticamente independente do exterior são o azeite, as hortícolas, os ovos e os frutos secos. No vinho é excedentário. A maior dependência do estrangeiro surge nos cereais e oleaginosas.
Já no que diz respeito à indústria alimentar, os portugueses conseguem garantir o seu abastecimento no caso dos frutos e hortícolas transformados e é excedentário em conservas de peixe. Mas a indústria da pesca é ainda escassa para a procura pois Portugal tem de importar mais de metade do que consome no que toca a peixe congelado, seco e salgado.
 
Outro sector com grande dependência do exterior é o dos cereais, que representam, em valor, 42,4% das compras no estrangeiro de bens agrícolas. “A produção nacional é pouco competitiva no sequeiro mas tem margem de progressão no regadio, particularmente para a cultura do milho. Relativamente às oleaginosas, a situação altamente deficitária dificilmente será corrigida, dado que as condições edafo-climáticas nacionais não são favoráveis à produção das principais oleaginosas (soja e colza)”, explica o INE
 
O valor médio anual da produção agrícola situou-se próximo dos 7000 milhões de euros entre 2006 e 2010 crescendo 1,2%, em média, por ano. O azeite e o vinho valem praticamente um quarto do valor total da produção, enquanto a pecuária vale outros 23,3%.
“As transacções dos produtos agrícolas entre 2006 e 2011 representaram, em média, 4,1% do valor global das importações e 3,2% das exportações. O saldo da balança comercial deste tipo de produtos apresentou um défice de 1,3 mil milhões de euros e uma taxa de cobertura de 48,4%”, adianta ainda o INE.
 
As trocas comerciais de produtos agrícolas fazem-se sobretudo com países da UE. Os principais fornecedores são Espanha e França, os mesmos mercados para o país exporta mais. Dos EUA e Canadá chegam ao país essencialmente sementes de oleaginosas e cereais.

In PUBLICO

quarta-feira, 20 de março de 2013

Ministra da Agricultura confiante em “fecho equilibrado” da reforma da PAC


Assunção Cristas fala em ganhos para Portugal no que diz respeito aos regadios, às florestas, aos pomares extensivos e à vinha.





A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou-se nesta terça-feira confiante, em Bruxelas, num “fecho equilibrado” da reforma da Política Agrícola Comum (PAC), que está a ser actualmente negociada, apontando que Portugal já garantiu “ganhos significativos”.
“Nós estamos prestes a fechar os regulamentos da reforma da PAC e, neste momento, estamos muito próximo de ter o objectivo assumido por Portugal e por outros países de conseguirmos ter uma reforma mais equilibrada entre os países e dentro do nosso próprio pais, evitando transições abruptas que seriam muito nefastas para alguns sectores, e, ao mesmo tempo conseguirmos uma agricultura muito mais amiga do ambiente”, declarou.

Assunção Cristas, que falava à margem de uma reunião de ministros da Agricultura dos 27, iniciada na segunda-feira e que se prolonga hoje, com vista a ser acordada a posição negocial do Conselho (Estados-membros), disse que, neste momento, há “ganhos significativos já assegurados para Portugal” relativamente à proposta inicial da Comissão Europeia, dando quatro exemplos.

Segundo a ministra, casos de ganhos são “o apoio a novas áreas regadas, que estava prejudicada pelas propostas iniciais da Comissão”, a possibilidade de se apoiar “de forma mais generosa as florestas, com taxas de apoio melhores do que aquelas que estavam propostas”, a possibilidade de se considerarem como “amigas do ambiente” e, portanto, com uma ajuda a 100%, áreas de cultura permanentes, nomeadamente pomares extensivos, e, por fim, a possibilidade “de prolongar um sistema de direitos de plantação da vinha”.


“Creio que o que conseguimos até agora já foi muito positivo (…) Os resultados até agora alcançados são bastante positivos”, pois corria-se o risco, com as propostas da Comissão Europeia, de haver, em Portugal, “sectores muito penalizados”.

“Creio que estamos no bom caminho para ter um fecho equilibrado da reforma da PAC”, sintetizou

Os ministros da Agricultura da União Europeia deverão definir durante o Conselho que ainda decorre em Bruxelas – e que se poderá prolongar pela noite - a sua posição negocial sobre a reforma da PAC, esperando-se um acordo com o Parlamento Europeu e a Comissão até final de Junho.

O Parlamento Europeu (PE) adoptou, a 13 de Março, quatro propostas legislativas sobre a reforma da PAC que dizem respeito aos seguintes capítulos: pagamentos directos aos agricultores, organização comum de mercado, desenvolvimento rural e regulamento horizontal sobre o financiamento, a gestão e o acompanhamento da PAC.

Com a adopção, pelos ministros da tutela – que se reúnem na segunda e terça-feira –, da posição do Conselho ficarão reunidas as condições para se iniciarem os trílogos negociais (Conselho, PE e Comissão Europeia) em Abril.

Se as negociações tripartidas terminarem em Junho, sairá a adopção formal de um texto legislativo no Outono.

in  PÚBLICO (Lusa

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Comissão Europeia lançou hoje a campanha CAP@50 para comemorar os 50 anos da política agrícola comum





A Comissão Europeia lançou hoje a campanha CAP@50 para comemorar os 50 anos da política agrícola comum, sendo a produção do que sector vai representar, na UE, um montante de 350 mil milhões de euros este ano.
A campanha de comunicação CAP@50, que tem por lema 'Uma parceria entre a Europa e os agricultores', integra um sítio web interactivo (http://ec.europa.eu/agriculture/50-years-of-cap/index_pt.htm) e uma exposição itinerante, com início em Março, entre outras iniciativas.
A PAC foi criada a 14 de Janeiro de 1962, tendo como base a segurança alimentar dos europeus, nomeadamente, a garantia de haver comida suficiente.
«A segurança alimentar continua a ser importante hoje em dia, mas temos também novas preocupações, como as alterações climáticas e a utilização sustentável dos recursos naturais. Esta campanha contribuirá para a reflexão sobre esta evolução», disse o comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos.
Os 50 anos da PAC são comemorados com uma reforma em curso desta política, que a Comissão Europeia quer fortalecer nas vertentes económica, ecológica e competitiva do sector agrícola.
Outros objectivos na nova PAC, que entrará em vigor em 2013, após aprovação pelos 27 e Parlamento Europeu, são a promoção da inovação, o combate às alterações climáticas e a promoção do crescimento e emprego nas áreas rurais.

in SOL/Lusa (23.Jan.2012)

Post de J. Cortez - 11ºD (2011/2012)

Portugal poderá enfrentar seca extrema em Fevereiro

Foto d.r.


Portugal continental poderá enfrentar uma situação de seca extrema em Fevereiro, caso se mantenha a falta de precipitação verificada em Janeiro, disse agência Lusa o meteorologista Manuel Costa Alves.


"Tudo depende de Fevereiro. Mas tem que ser um Fevereiro muito chuvoso para inverter a situação. Se o comportamento de Fevereiro for semelhante ao de Janeiro chegaremos à seca extrema", sublinhou o especialista.

Manuel Costa Alves considera ser extremamente importante que os próximos meses possam trazer a chuva, mas explicou que "perdida a precipitação de inverno a precipitação da primavera nunca é suficiente para inverter a situação".

Lembrando que Outubro de 2011 foi extremamente quente, o meteorologista destacou que em Dezembro, "mês que em geral contribui com a maior quantidade de precipitação no território", o nível de precipitação em Portugal ficou "praticamente a zero".

“O apuramento dos dados no final de Dezembro já dá 83 por cento [do território] em seca fraca, seis por cento em seca moderada, oito por cento normal e três por cento húmido", afirmou.
Segundo Manuel Costa Alves, no fim de Janeiro "provavelmente uma parte muito significativa do território ficará com seca moderada", existindo também "uma percentagem significa de seca severa, antes da extrema, que é o último grau, havendo também uma parte com seca fraca".

O meteorologista afirma que a situação de seca é um "risco inerente ao clima" de Portugal continental, lembrando que a última grande seca foi a de 2004/2005.

"Esta de 2004/2005 foi a mais intensa desde 1941. A de 2004/2005 tem de ser referenciada porque foi muito intensa e causou prejuízos a variadíssimas actividades", concluiu.

in CMjornal (25.Jan.2012)

Post de J.Cortez, 11ºD (2011/2012)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Proposta da OCM do Vinho incentiva abandono da produção nacional



Comissária da UE para a Agricultura Mariann Fischer Boel



4 de Julho de 2007
A perspectiva de liberalização da plantação de vinhas na Europa a partir de 2014 vai provocar um desequilíbrio do mercado vinícola e pode conduzir ao abandono da actividade de muitos produtores nacionais. O fim das restrições à plantação é uma das medidas previstas na OCM do Vinho, hoje apresentada pela Comissão Europeia, e pode incentivar à deslocalização de vinhas europeias para países do Novo Mundo.

A liberalização agora proposta é particularmente gravosa para Portugal, já que a dimensão do mercado nacional torna o nosso país mais vulnerável ao aumento de produção de outros países, como França ou Espanha, que a partir de 2014 poderão crescer sem restrições.

Por outro lado, a proposta da OCM de pôr fim à destilação irá também dificultar o escoamento do vinho, já que esta é uma forma de retirar do mercado comunitário cerca de 30 milhões de hectolitros. O fim imediato das medidas de gestão do mercado levará a quebras abruptas do rendimento dos produtores, e ao consequente abandono da actividade. Portugal utiliza ainda a destilação para o abastecimento do mercado de álcool vinícola, nomeadamente nos vinhos licorosos, com destaque para o vinho do Porto, que por esta via podem perder competitividade.

Até 2013 a Comissão Europeia propõe ajudas ao arranque de vinha como forma de controlar o excesso de produção, levando por esta via a uma diminuição das vinhas existentes no espaço europeu. No entanto, com a liberalização em 2014 este princípio inverte-se, correndo-se o risco da diminuição de produção que tenha ocorrido na Europa por via do arranque seja substituída com vinho proveniente do Novo Mundo. Segundo dados da Comissão, nos últimos 10 anos o aumento das importações no espaço europeu foi de 10% ao ano, enquanto o ritmo de aumento das exportações tem sido muito mais lento.

A CAP reconhece a necessidade de redução de excedentes, reforço da competitividade do sector e reconquista dos mercados, mas considera que esta OCM não irá contribuir para resolver esses problemas. Pelo contrário, as ajudas comunitárias serão empregues no arranque de vinhas, em detrimento do investimento na sua reestruturação e modernização, contribuindo com estas medidas para o aumento do desemprego e abandono rural.

in AgroPortal (4 de Julho de 2007)

Quinta do Romeu - Trás-os-Montes





Falta de acesso a financiamento paralisa projectos agrícolas


foto Alfredo Cunha/Arquivo JN


A falta de acesso dos agricultores ao financiamento bancário pode pôr em causa os projectos do Programa de Desenvolvimento Rural, já aprovados, alertou o presidente da Comissão Nacional de Jovens Agricultores, Luís Saldanha.

"Há situações dessas. Os projectos estão parados porque os agricultores não têm acesso ao crédito" disse à Lusa Luís Saldanha, adiantando que esta é uma das questões que vai ser apresentada na quarta-feira aos deputados da Comissão de Agricultura e Pescas.

O responsável da Comissão Nacional de Jovens Agricultores (CNJ) afirmou que o facto destes projectos terem fundos comprometidos dificulta a entrada de novas candidaturas, pois o dinheiro está destinado e não é atribuído a novos projectos.

Os agricultores que conseguem avançar com o financiamento também se confrontam com dificuldades devido aos atrasos do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).
"Como o pagamento é efectuado contra reembolso, ou seja, primeiro paga-se e depois recebe-se, se tivermos em conta os atrasos de pagamento dá para verificar as dificuldades de tesouraria ou os encargos que se tem que suportar", explicou o dirigente associativo.

Após a assinatura do contrato, os promotores têm seis meses para apresentar o primeiro pedido de pagamento (para provar o início do projecto). Decorrido este período, deve estar concluído em 24 meses.
in Jornal de Notícias (Publicado em 2011-09-14)

Post de Catarina Conceição 11ºD (2011/2012)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Principais Estados-membros produtores de cereais



Quase metade da produção total dos cereais colhidos em território da União Europeia (UE) é proveniente da França, Alemanha e Polónia.

Com base na produção média para o período 2008-2010, a França (no total, com 23 % da EU-27) foi o maior produtor deste produto, logo seguida pela Alemanha (16 %), Polónia (10 %), Reino Unido (8%), Espanha (7 %) e Itália (6 %). Portugal mostra uns modestos 0,4 %.
A França foi também o principal produtor em três dos principais cereais cultivados na UE (trigo, cevada e milho em grão).

Os cereais são a principal cultura da Europa dos 27. Após a colheita de 2008, favorecida pelas boas condições climáticas durante o ano e aos altos preços dos cereais do ano anterior, a produção caiu em 2009 e 2010, devido à diminuição da superfície total semeada com cereais e das condições climáticas menos favoráveis. Como média, a UE-27 produziu cerca de 300 milhões de toneladas de cereais ao ano durante o período de 2008-2010.

A listagem dos maiores produtores europeus de cereais encontra-se publicada na edição 2011 do livro de bolso de estatísticas agrárias e de pesca, publicada pelo Eurostat, o departamento estatístico da UE. O caderno apresenta tabelas seleccionadas e gráficos que proporcionam uma visão estatística do sector agrícola em terras europeias. São ainda apresentados os dados mais recentes para os 27 Estados-membros que se encontram divididos em sete capítulos: leite e produtos lácteos, contas e preços agrícolas, principais produtos agrícolas, agricultura e ambiente, coberta vegetal e utilização dos solos, as zonas rurais e as estatísticas de pesca.
Mais informações aqui.
In Agrotec Fonte: Agrodigital.com

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Carne Alentejana (DOP) - Anúncio de promoção




Anúncio de promoção da Carnalentejana

Em 1 de Junho de 1992, foi criada a Carnalentejana S.A., por escritura de 33 criadores de bovinos de raça alentejana pura. Tem hoje 129 produtores associados com explorações distribuídas por todo o Alentejo, embora com maior concentração no distrito de Portalegre, com um capital social de 700.000 euros, a que correspondem cerca de 9.500 vacas adultas de linha pura. É o maior agrupamento nacional de produtores em produção extensiva.

Esta sociedade anónima, com sede em Elvas (Zona Industrial, Sítio do Moinho de Vento) é reconhecida como Agrupamento de Produtores, e é detentora da marca Carnalentejana incluída na lista das Denominações de Origem Protegidas (DOP) a nível comunitário.


in YouTube by www.jervispereira.pt

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Turismo: Lisboa é uma das capitais europeias mais promissoras




Estudo diz que o elevado número de dormidas na cidade e o sólido crescimento torna-a uma das mais promissoras para o futuro

Só Amesterdão se classifica à frente de Lisboa no que diz respeito ao número de dormidas relativo ao número de habitantes na cidade das sete colinas. Em Amesterdão contam-se 13,0 dormidas de turista por cada habitante, enquanto em Portugal se contam 12,6.

Este indicador aliado a um sólido crescimento do número de dormidas entre 2005 e 2010 levou a considerar Lisboa como uma das cidades europeias mais promissoras para o turismo. Numa matriz em que é considerado o número relativo de dormidas e o seu crescimento entre 2005 e 2010, a Roland Berger conclui que Lisboa é uma das mais promissoras, juntamente com Amesterdão e Estocolmo.

As três cidades são agrupadas na categoria de “estrela” juntamente com Zurique, Roma Viena e Copenhaga. As restantes categorias agrupam as outras 21 cidades com as denominações de “elevado potencial”, “seguidoras” ou “retardatárias”.

Neste estudo, Lisboa lidera o ranking de cidades que não disponibilizam dados de receita por quarto de hotel disponível, item que a consultora utiliza para medir a criação de valor. Entre as 24 cidades, apenas 10 disponibilizaram estes dados e Londres lidera este grupo, seguida por Paris, Berlim e Roma.

(...)

Este estudo teve em consideração sete critérios. Um dos mais importantes é o da criação de valor e apenas 10 cidades apresentaram dados para este “item”. Entre os restantes, os principais são: crescimento do número de dormidas, crescimento da capacidade hoteleira e acessibilidade.

In, Revista Sábado (29-12-2011)


Post de N. Palmeiro, 11ºD (Ano lectivo 2011/2012)

domingo, 3 de julho de 2011

Agricultura moderna - rega com pivot central (rotativo): Hortícolas - Alhos

Caia, Elvas - Sistema de rega por pivot central




Um dos aspectos importantes da agricultura moderna é a possibilidade de irrigação, tornando a produção agrícola menos depende e condicionada pelas condições climáticas.




O valor dos Pivots centrais aumentou ainda mais, agora que as ferramentas disponíveis em forma de controlo informatizado e de tecnologia de aspersores chegaram a um novo nível. As suas aplicações também se estenderam ao âmbito da distribuição não só da água, mas de nutrientes e produtos químicos por meio da fertirrigação e da quimigação.


sábado, 19 de março de 2011

Turismo da natureza - Arronches


Indicação do início de um percurso para observação de aves "Garça-boieira" e Garça-branca-pequena", nas proximidades da barragem do Caia, Arronches/Elvas.

O turismo da natureza permite efectuar actividades de ar livre em espaço natural, nomeadamente em paisagem rural, mesmo com a prática agrícola, quando esta tem a preocupação de preservar a paisagem , permite a manutenção de alguns ecossistemas, como seja o caso das aves. O por sua vez permite que as aves obtenham alimento e espaço para nidificação.

domingo, 13 de março de 2011

Agricultura biológica - aumento do consumo de produtos biológicos

Hipermercado Portalegre


O crescimento do consumo de produtos biológicos entre nós é uma realidade que se tornou bastante visível nos últimos anos. Vistos inicialmente como algo para ambientalistas radicais, hoje, sobretudo nos meios urbanos, vê-se cada vez mais pessoas, sobretudo casais jovens com filhos, a interessarem-se por produtos biológicos e a procurarem lugares que os vendam.


in Diário de Notícias (2006)Duarte Calvão

quarta-feira, 9 de março de 2011

Portugal importa 30 por cento dos alimentos

A agricultura nacional nunca foi capaz de garantir abastança. Todos os anos, o país tem de importar quase um terço das suas necessidades alimentares, uma factura que, em 2009, quase dava para construir o novo aeroporto de Lisboa (a diferença entre o que exportou e o que importou rondou os 4000 milhões de euros).
Mas, feito o registo, será que, como se ouve dizer com frequência, a dependência externa se agravou? Não agravou. Mais: se a produção global estagnou e a necessidade de importar comida se manteve foi principalmente por causa da redução brutal da área e da produção de cereais. Sem essa redução, o sector agrícola não seria hoje visto como um patinho feio da economia, mas talvez como um herói da competitividade nacional.

Uma questão recorrente
O problema dos cereais é velho de 200 anos. O facto de ser a base da alimentação humana confere-lhe sensibilidade política e todos os governos desde o liberalismo tentaram o mito do auto-abastecimento - a "Campanha do Trigo" de Salazar, lançada em 1929, destacou-se tanto pelo fracasso dos seus fins como pelos danos ambientais que causou. Quando os preços no mercado mundial atingiram um pico em 2008 e voltaram a subir em Junho de 2010, esperava-se que os agricultores reagissem. Nem isso. Em 1990, por exemplo, dedicaram cerca de 424 mil hectares (um hectare é equivalente à área de um campo de futebol) à cultura de trigo e do milho; mas, em 2009, essa área estava já reduzida a 157 mil hectares. Em termos de produção, as quantidades reduziram-se para um terço. E o país tem de comprar lá fora 75 por cento dos cereais que consome.

O factor PAC
Esta convicção alargada depende, em última instância, de um factor principal: a Política Agrícola Comum (PAC). Sem terem de semear para receber subsídios, muitos agricultores constataram que entre o que investiam e recebiam na colheita não era compensador; daí ao abandono de terras mais pobres foi um passo.

O mesmo com menos terra
E este desempenho que contraria os "mitos urbanos" torna-se ainda mais notável se considerarmos que a área agrícola é hoje muito menor. E que é trabalhada por quase metade das pessoas que a cultivavam em 1986. Gomes da Silva nota que o desaparecimento de explorações foi mais veloz que a redução da área utilizada, o que triplicou a área média das propriedades e reforçou a sua competitividade. Regra geral, os agrónomos dizem que as terras abandonadas eram "pobres" ou "marginais", incapazes por isso de sustentar uma produção agrícola moderna. Francisco Avillez chama também a atenção para o facto de, em muitos casos, não se poder falar de "abandono de terras", mas da sua "extensificação". Por exemplo, quando um agricultor deixa de semear batatas e passa a cultivar forragens para alimentação de bois e vacas. Armando Sevinate Pinto, que foi alto-funcionário da Comissão Europeia e ministro da Agricultura com Durão Barroso, vai no mesmo sentido e diz: "Não conheço um único hectare de terra boa que esteja fora de produção".
in Publico Online (adaptado)