A ocupação humana das zonas costeiras faz-se, frequentemente, de forma desordenada, devido a uma procura cada vez maior das zonas de litoral, em especial as praias, como destino turístico e de lazer. Esta procura conduz à edificação em arribas, em zonas de praias, e à construção de infra-estruturas, como marinas, destinadas a albergar embarcações de recreio, ou à construção de grandes portos de mar, para trocas comerciais. Esta acção desregrada provoca alterações nos ciclos de abrasão e deposições marinhas que potenciam o risco geológico de desabamento de casas e edificações.
Por vezes é necessário recorrer a construções artificiais para regularizar os ritmos de abrasão e deposição marinha em determinados locais da costa, para protecção de pessoas e bens.
A situação na faixa litoral é verdadeiramente calamitosa. Esta situação tem levado, nos últimos tempos, a intervenções, que, muitas vezes, ao invés de solucionarem os problemas resultantes do avanço do mar, em consequência do aquecimento qlobal da Terra, apenas os têm agravado ou deslocado para outros locais. Também a falta de granulados que ficam retidos nas barragens ou são retirados para a construção civil têm contribuído para o avanço do mar na faixa costeira.
É nessa tentativa que têm sido construídas ao longo da costa obras de protecção. Essas obras são de três tipos:
- obras transversais à linha de costa, como os esporões (Groins);
- construções paralelas aderentes à linha de costa, como os paredões (sea wall);
- destacadas, como os quebra-mares (Breakwater).
Actualmente, muitos geólogos e organizações defendem a redução ao mínimo ou mesmo a eliminação destas construções de protecção, argumentando que deve ser o Homem a respeitar a dinâmica normal do litoral.
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