O mundo está prestes a ter 7000 milhões de ser humanos — é na segunda-feira, 31 de Outubro, que nascerá o bebé que arredondará as contas, segundo as Nações Unidas. Mas a evolução da população mundial no próximo século é complicada, com os países mais ricos, onde se inclui Portugal, a envelhecerem e a perderem população, e os mais pobres, sobretudo em África, a crescerem ainda, segundo o relatório anual da ONU sobre o estado da população, hoje divulgado.
Portugal está bem colocado nos tradicionais índices civilizacionais: está em 11º na mortalidade até aos cinco anos, com 3,7 crianças falecidas em cada mil que nascem, e na esperança de vida surge com um dos mais elevados valores entre os 188 Estados da tabela, com 83 anos para as mulheres e 77 para os homens que nasçam até 2015.
Mas Portugal tem a terceira pior taxa de fertilidade no mundo, logo a seguir à Bósnia-Herzegovina e Malta: para o período 2010-2015, a previsão é que nasçam apenas 1,3 filhos por mulher em Portugal, bem menos do que os 2,1 necessários para a reposição das gerações.
Hoje, 42% da população mundial vive em países onde não nascem bebés suficientes para pelo menos substituir os seus pais. Isso é o que está a acontecer na maior parte dos países ocidentais, embora alguns sejam excepção, como a Islândia e a Irlanda.
in Jornal PÚBLICO, 26.Out.2011
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